És uma pantera em curvo movimento:
E que vai se desenrolando tal como um desenho.
Mas a sua harmonia é linear como a figura que,
Na sucessão de um friso,
Repete-se, como um andante ritimo
De um verso num poema atípico.
E essa bailarina,
Entanto,
Não quer a pauta de uma corda unica
E a curva no seu vôo traça geometrias de uma
dança muda.
Vai e volta, mergulha, sobe, entrelaça-se,
Como se brincasse consigo mesma.
E o cisne que estava imóvel
sobre o teu piano,
Desliza agora nas águas negras,
ao som da valsa para ti tocada,
por tua alma, morena bailarina.
O nome da valsa eu já não lembro
- e o que ti importa esse sentido,
depois de bailado o cortez carinho
- o pior de tudo é que as visitas aplaudiam.
- aplaudiam muito sinceramente.
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