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sábado, 5 de março de 2011

Um pensamento do Pensamento



                                                                   "Deus é o pensamento do meu pensamento"
                                                                                                                     Aristóteles. 

   E há quem pense em Deus como uma criança, como um senhor, como uma energia, como uma desculpa, como um acaso - Há os que nem pensam (ou imaginam assim).
   Eu penso em Deus como quando avisto essa formiguinha atravessar, meio que diagonalmente, a folha em branco do papel vizinho.
   O Deus simples e desprovido de qualquer emoção humana inventada. O Deus sem regra ou anti-regras; Sem moral, nem imoral e muito menos amoral.
   O Deus que é Deus.
   Pois se Deus criou o homem a sua imagem e semelhança, isso foi em outro sonho. Não há como afirmar a história, as pessoas deram de querer contá-la, escutá-la, esquecê-la e/ou nem ouvi-la..."E a formiguinha já vai longe"... Essa eterna relação racionalmente amorosa entre ateus e fundamentalistas é o que menos me enche a vista, ambos sabem que ninguém está com a razão, nem de amores, com o assunto.
   Há os que dizem que tem Deus para todos os gostos, basta aproveitar a liquidação e há ateus para um gosto só, para quem aderi ao ideal monótono do vegetarianismo..."Já não avisto a formiguinha"... E, em meio ao levante puramente humano, existem (sim, existem mesmo) os neutros - pessoas ingênuas e desprovidas de maior sagacidade complexa e, por isso mesmo, são os que melhor entendem o que é ser Deus, justamente por nem quererem saber..."Olho de volta a folha em branco do papel vizinho"...E afinal, onde está Deus nessa história toda? "Deus não está na cidade... nem fora dela". Paradoxo? Não, é claro que não se trata de mais um enfadonho discurso do Senhor Paradoxo.
   A resposta está nas entrelinhas, mas ela se vai, como uma formiguinha a atravessar a folha em branco.".."Amasso o papel vizinho e o jogo no lixo". Deus sempre é glorificado!

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