Pages

sábado, 15 de maio de 2010

O Beijo

                                                                         Por um relato sincero sobre uma quase verdade que sempre foi realidade.






















Primeiro foi o silêncio.      
Um relógio desfiando
Os minutos enormes,
Os minutos sagrados
De iniciação para o ímpeto.
Depos o silêncio parou.
Ficou um minuto suspenso
Na ponta das horas como um
Êxtase.
De súbito, triunfalmente,
Te dobrei a cabeça morena,
Esmaguei a tua boca
Com um grande beijo.
Um grande beijo bárbaro e
Infinito.

Quanto tempo durou
Aquele momento de êxtase
Que foi a eternidade?
Aquele silêcio que a violência
Do beijo transformou em música?
Os meus sentindos num
Deslumbramento
Ficaram vibrando como tocados
Por um relâmpago criador
E fiquei em febre te olhando
Como um deus selvagem.
Olhando-te, violada e vencida
Como uma terra conquistada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário